sábado, 12 de maio de 2012

O Regresso


Uma pessoa pode ser tanta coisa,
Que não existem palavras em dicionário nenhum que consiga descrever.
Eu próprio,
Sou egoísta e egocêntrico
E ao mesmo tempo consigo ser
Precisamente o contrário
Eu próprio,
Reconheço que tenho duas ou mais faces
Mas que consigo ser sempre eu.
Eu próprio,
Sou desligado e negligente
Mas também apaixonado e carente
Solto a alma finalmente
Quando me cruzo com uma folha em branco
Escrevo o que penso e como penso
Não olho à grafia nem tão pouco à gramatica
Deixo fluir o meu vocabulário pelos dedos
E de uma vez só mostro aquilo que só eu conheço
Uma pessoa pode ser tanta coisa e só aqui me podes ver como sou
Lê os meus versos
Interpreta as minhas palavras como quiseres
Certeza apenas tenho uma
Ou entendes os tormentos e as minhas amarras
Ou te perdes numa análise intelectual de onde tiraras as tuas conclusões
A minha poesia, não tem métrica
A minha poesia, muitas vez não tem sentido
A minha poesia não é mais do que o conjunto de palavras.

GZ 

sábado, 21 de maio de 2011

...



Termina aqui mais uma aventura literária, de divagação, exclamação e loucura. A perspectiva perde-se para já num ângulo morto, pelo menos até ao seu regresso!

Por isso este blog apresenta no seu derradeiro post um agradecimento a quem leu, a quem inspirou e a quem perspectivou com o seu autor...

Obrigado a todos...

Até ao meu regresso, num outro blog perto de si!

Odio

Odeio-te
Tudo o que representas
O Passado
O presente
O futuro
Odeio-te
Raiva que cresce
Corre nas veias
Trás a loucura
Trás irracionalidade
Odeio-te
Inegável o efeito
Inquestionáveis as consequencias
Odeio-te
Pelo que fazes sentir
Odeio
Odeio
Odeio

Apenas serves para manter o sangue a correr nas veias!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Oiço

Oiço
Oiço
Oiço
Só Oiço
Sinto-me desprovido de vocabulário
Sem argumentos
Sem consistência
Sem palavras
Oiço
Oiço
Oiço
Só Oiço
A mente tudo absorve
Mas nega a resposta
Não por querer
Por não conseguir
Oiço
Oiço
Oiço
Só Oiço

Penso...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A.

Chega!
Não aguenta o coração,
Corrupio sem paz,
Desassossego desconcertante,
Guerra sem trégua,
O sorriso vai-se
A ansiedade ocupa a mente
A raiva entorpece os sentidos
O acordar sem o conforto de um beijo
Do teu beijo
O estender o braço e não encontrar o teu abraço
O teu cheiro que já não está na almofada
Chega!
Desejo tanto
Amo
Quero
A paixão que ainda hoje arde no meu peito
Tal como no primeiro toque
No primeiro Beijo
Guia atitudes irracionais de uma alma sem paz
As insónias
O desassossego
Preciso de Paz
Quero a segurança da loucura
Quero a segurança que me faz levantar os pés do chão
Quero a segurança que me faz buscar a adrenalina de viver o momento.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pessoa... Sempre Pessoa!

Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,

Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.


Alberto Caeiro

segunda-feira, 18 de abril de 2011

...

apetece-me gritar em plenos pulmões
só assim acho que me vou fazer ouvir
palavras são meras palavras
ditas ou escritas
são meras palavras que não são interpretadas
são ignoradas
deixadas ao acaso
estou submergido numa tristeza imensa
tenho o coração apertado
e o peito sem ar
a alma à mercê do mais ténue ataque
sou sombra de uma imagem
sou sombra de mim
sou sombra de nada
encontro conforto na escuridão
encontro conforto na solidão
mas ainda assim as gotas salgadas de um sentimento invadem o meu rosto
e eu?
eu fico aqui
parado no meu canto
sem forças
sem alma
sem paz